O espectáculo de Beppe Grillo
Vi na televisão italiana uma espécie de comício onde um barbudo muito zangado atacava a classe política, escandindo alguns palavrões ( suposto sinal do fim da paciência e da comunicação ), numa das belas praças desse país e perante milhares de pessoas, sobretudo jovens, que escutavam aquela vociferação numa tranquilidade aparente.
A reivindicação de que a política deve ser devolvida aos cidadãos, no entanto, embora aplaudida, pareceu-me assentar num equívoco, facilitado pela histriónica veemência do orador.
A situação italiana não é muito diferente da dos outros países da comunidade, em que a crise da política é sobretudo uma crise do político.
Onde estão os sinais de que uma renovação é possível, quando vemos as gerações do "render da guarda" desinteressarem-se tão ostensivamente pela palavra e a acção no espaço público, para dizer como Hannah Arendt? Onde está, por exemplo, a relève nos sindicatos?
A segunda parte daquele programa era um debate a propósito do espectáculo de Beppe Grillo.
A aparente unanimidade na constatação de um completo descrédito da política nesta era pós-Berlusconi não augura nada de bom.
A reivindicação de que a política deve ser devolvida aos cidadãos, no entanto, embora aplaudida, pareceu-me assentar num equívoco, facilitado pela histriónica veemência do orador.
A situação italiana não é muito diferente da dos outros países da comunidade, em que a crise da política é sobretudo uma crise do político.
Onde estão os sinais de que uma renovação é possível, quando vemos as gerações do "render da guarda" desinteressarem-se tão ostensivamente pela palavra e a acção no espaço público, para dizer como Hannah Arendt? Onde está, por exemplo, a relève nos sindicatos?
A segunda parte daquele programa era um debate a propósito do espectáculo de Beppe Grillo.
A aparente unanimidade na constatação de um completo descrédito da política nesta era pós-Berlusconi não augura nada de bom.
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