Um F-16 sobre Gisé
Falaram-me na oferta do JN (um belo livro sobre a Civilização Egípcia, que é o início de mais uma enciclopédia), e eu corri a comprar o jornal.
O tema é o mais interessante possível.
Gostaria de ter sete vidas para dedicar uma delas a ler aquelas centenas de páginas, a letra miudinha, e ficar, assim, a saber mais sobre uma época que me apaixona.
O problema é que, se tivesse tempo, chegado ao fim dessa leitura, já teria esquecido o princípio e os nomes todos formariam uma selva inextricável.
Imagino, por mim, o destino desse monumento de papel impresso: o de confortar com a sua sábia presença aqueles poucos que só têm tempo para folhear a colecção e, vá lá, consultá-la, esporadicamente, como quem recorre a um dicionário.
Contudo, se pudéssemos fazer um "download" directo, correríamos o grave risco de nos tornarmos egiptólogos superficiais e desequilibrados. Para compensar, deveríamos "baixar" todos os livros que a memória dum super computador poderia absorver, mas não a nossa.
Este absurdo revela-nos, assim, por que não se poderia conceber um Fausto moderno.
Que grande oportunidade para o "conhece-te a ti próprio!".
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