Ruínas de Biblos
Quer queiramos, quer não, o nosso mundo é feito tanto de afectos como de objectos.
Afeiçoamo-nos ao formato do livro e não é a eficiência ou a economia dum novo suporte que o vão destronar.
O passado exige uma espécie de lealdade.
Conheço quem se recuse a trocar a velha "underwood" pelo processador de texto, apesar das vantagens maravilhosas deste.
O progresso lida também com oposições sentimentais e relutâncias. Mas, duma geração para a outra, a transição faz-se quase sem dor.
Acredito que todos os avanços do computador não o tornarão tão amigável quanto o livro para a leitura.
Ler-se-á, pois, com um nível de atenção mais pobre, como um gato sobre brasas.
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