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O Nouvel Observateur traz um artigo sobre a história do corpo.
Parafraseando Henri Michaux, podíamos dizer que, no nosso tempo, o sexo se tornou doutrinário. Tem vida própria, como imaginário e como indústria pesada, fora do corpo.
E a coisa mais estranha é como essa separação é, no entanto, pensada como a verdadeira experiência da natureza em nós.
É assim que falando tanto do corpo, como de algo visível, traduzido em imagens e informação, na verdade, o perdemos.
"(...) a unidade do mundo que a beleza criou,
fundada sobre o belo equilíbrio da ultra-lonjura,
que atravessa todos os pontos do espaço, saturando-os de lonjura
e - quase demoniacamente - não apenas resolve as piores contradições
para idênticos valores e idênticos sentidos,
mas - ainda mais demoniacamente - em cada ponto também
enche a lonjura do espaço com a lonjura do tempo (...)"
E onde acaba a beleza, começa a pornografia.
1 comentários:
Caro José Ames,
Parabéns pelo 1º aniversário do Persona. E obrigado pelos textos que nos proporciona...
Saudações,
HVA
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