quarta-feira, 26 de outubro de 2005

" O coração ficou escondido no escuro e duro como a pedra filosofal."

Paul Celan ("Contraluz")


Os que voltaram do Inferno e que viram o seu ser destruído, numa língua que não morreu disso, estranham.

A poesia não seria possível depois de Auschwitz (Adorno).

Mas Celan diz que essa língua atravessou os acontecimentos sem gastar uma palavra.
Não devemos esquecer e, contudo, a língua já nos leva por novos e velhos caminhos, como a fénix.
"Ich bin der Welt abhanden gekommen." (vénia a "dias felizes")

1 comentários:

c disse...

Mas foi possível.

Uma das primeiras palavras alemãs que aprendi a dizer foi Lupine (encontrei-a em Paul Celan e em Ingeborg Bachmann, em dois dos mais belos poemas escritos em alemão depois de Auschwitz)