segunda-feira, 17 de outubro de 2005

Da mesa em que me encontro vejo no plano inclinado da vidraça uma escriturária.

A geometria variável da Casa da Música pode ler-se como um comentário moderno ao monumento da guerra peninsular.

O jardim está salpicado de folhas envolvendo a coluna com o leão poderoso sobre a águia, da qual uma asa parece ainda esvoaçar. É a energia alada vencida pela massa.

No edifício de Koolhaas, parece-me ver também o mármore cego pesar sobre a camada de ar roubada ao cubo.

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