terça-feira, 28 de junho de 2016

ANTI-ÉDIPO



"Em vinte e cinco séculos atravessaram-se três idades do amor: o prazer, a carne e o sexo."
(Michel Foucault)

E que pode suceder a esta decadência? O prazer é jovem e sem 'complexos', a carne é feita destes, e o prazer deixa de ser inocente. Por fim, o que o 'Anti-Édipo' (Deleuze & Guattari) chamou de 'corpo sem órgãos', a máquina desejante.

Entre as duas 'ausências' do sujeito, a 'carne' sempre culpada de não ser espírito. Podia dizer-se que esta culpa é estrutural na consciência moderna. Sem ela as 'causas' não seriam o que são.

O 'sexo' corresponde, talvez, a um estado real de desestruturação da culpa e ao regime de liberdade da 'mercadoria' (Marx).

Os autores do 'Anti-Édipo' chamam a esta fase paradigmática de 'capitalismo esquizofrénico'. O sistema simula a sua própria revolução 'molecular' e o fim do indivíduo. Ele é o sexo do sexo.

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