terça-feira, 2 de outubro de 2012

POUCA TERRA

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O mundo dos maquinistas não é o nosso mundo. Eles descobriram o que é um monopólio (sem os inconvenientes duma lei 'anti-trust') e como se pode transformar uma 'arma de última instância' (assim costumava dizer o sindicalismo responsável) numa de primeiro recurso, e utilizam-na sem complexos, quaisquer que sejam as circunstâncias exteriores ou as necessidades dos outros (dos que trabalham, porque a elite não gosta da ferrovia).

Não precisam sequer de mentalizar o público que precisa dos comboios. Como o fariam? Justificando-se com os beliscões do Estado nos seus 'direitos adquiridos' perante quem foi, por esse mesmo Estado, espoliado e enfrenta um desemprego cada vez maior? Além disso, os utentes já perceberam que esta desordem não tem nada a ver com sindicalismo. É um banal abuso de poder.

De facto, é a ideia da greve que perde força e os sindicatos que perdem prestígio, quando se usa, sistematicamente, do monopólio 'técnico' em vez do bom senso.

Os maquinistas trabalham assim para que se perca mais uma empresa pública. 'Objectivamente', contribuem para que o público seja ganho para a sua privatização (apesar das consequências desastrosas para esse mesmo público e para os trabalhadores da empresa, incluídos os maquinistas). Mas, é sabido desde os Antigos, que todo o excesso tem de ser 'castigado'.


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