"Adivinha quem vem jantar"
(1967-Stanley Kramer)
Sidney Poitier foi na história do preconceito racial no cinema o rosto da mudança.
Num filme como "Adivinha quem vem jantar" vemos que o casal de liberais que se confronta com a escolha da filha de casar com um negro, belo e educado, dotado de um currículo profissional distintíssimo, não teve só a coerência das suas posições públicas sobre o assunto a impedi-los de ceder ao "instinto social".
As hesitações e as moratórias só servem aqui a acção dramática, porque este doutor Prentice é, de facto, um negro-branco, tanto pela sua perfeita adesão aos valores do "establishment", como pela ausência de qualquer peculiaridade rácica, além de um certo problema de pigmentação.
Quarenta anos depois do filme, damo-nos conta do caminho percorrido e de como foi preciso começar pelo espécime perfeito, quando toda a diferença física era um argumento.
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