terça-feira, 23 de outubro de 2007

A SÍNDROME DA GROENLÂNDIA



O filme de Al Gore utiliza talvez a linguagem mais apropriada para passar a sua mensagem.

Os gráficos e as imagens são impressionantes, e os argumentos ganham com isso uma grande força demonstrativa.

O ex-candidato à presidência dos E.U.A. parece ter encontrado a missão da sua vida e só por maldade se veria aqui qualquer intuito de utilização da ecologia em proveito da sua imagem pessoal.

A importância da mensagem tem sido desvalorizada por alguns, por a considerarem alarmista e exagerada nas suas projecções, coisa, aliás, prevista no próprio filme como uma reacção "natural".

Se nem tudo serão factos incontroversos, a grande probabilidade de nos confrontarmos com uma acelerada tendência para a catástrofe devia fazer-nos parar para pensar.

Mas nunca os meros avisos foram suficientes para mudar o comportamento das pessoas a uma grande escala.

O próprio facto do filme obedecer a uma retórica de vídeo-conferência e de campanha mediática titila os nossos neurónios sem nos atingir mais a fundo.

Não é, evidentemente, inútil o apelo de Al Gore, porque não sabemos qual é a "massa crítica" de consciência necessária para uma mudança decisiva, mesmo que, de princípio, se faça sentir apenas numa elite ou em grupos minoritários.

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