"Lilith" (1964-Robert Rossen)
Vincent (Warren Beatty) é um rapaz saudável sem ocupação, que quer ajudar os outros e por isso se emprega numa instituição para doentes mentais.
Mas encontra a malícia da figura não canónica da mulher, a que, segundo a tradição cabalística, não saiu da costela de Adão, mas era a sua verdadeira metade, metade que nunca quis submeter-se e por isso se aliou às forças demoníacas.
Lilith (Jean Seberg) é amoral e sexualmente polimorfa, como as crianças perversas.
É nessa miragem feminina que o ingénuo vigilante se deixa capturar, envolvendo-se com a doente e acabando por perder a razão. A última imagem é o seu pedido de auxílio, perante o olhar friamente "objectivo" dos superiores.
Na teoria do médico-chefe, estes doentes são, de certo modo, os mais dotados. A sua inteligência e a sua sensibilidade permitem-lhes uma experiência que não está ao alcance das pessoas normais.
Mas tal como a aranha "esquizofrénica" que vemos no filme, eles constroem uma teia que não serve para se alimentarem.
0 comentários:
Enviar um comentário