domingo, 28 de maio de 2006

MASSIFICAÇÃO


Bento XVI

(...) e que em suma tudo o que se julgar digno de ser conservado, tudo o que os fracos, os cobardes, os conservadores, os burgueses tentam manter - o Estado e a Família, a arte e a ciência profana - esteve sempre em oposição consciente ou inconsciente com a ideia religiosa, com a Igreja cuja tendência inicial e cujo fim invariável é a dissolução de todas as ordens temporais e a reorganização da Sociedade segundo o modelo do reino ideal e comunista de Deus."

"A Montanha mágica" (Thomas Mann)


Não posso deixar de confrontar esta réplica de Naphta, o maquiavélico disputador do Berghof, no romance de Thomas Mann, com as palavras de Bento XVI, ao reconhecer que a Igreja está frontalmente contra o espírito do nosso tempo.

Na verdade, como no princípio, tenderá a ser cada vez mais minoritária, mesmo se a Praça de S. Pedro regularmente se enche, se o alojamento em Roma rebenta pelas costuras e a comunicação menos do que nunca pode passar sem o acontecimento para-religioso.

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