sábado, 25 de agosto de 2012

NÃO MERECEMOS A FLORESTA




Fica provado que não são precisos 30º graus de temperatura e que nem sequer sol é preciso (pode começar à meia-noite), para perdermos floresta. Época de incêndios é quando um homem quiser.

Basta só que não chova e... o factor humano.

Mas sejamos justos: não são apenas os casos mentais, nem os paus mandados de interesses económicos, nem o abandono dos campos. Pode dar-se que os autores nem sequer saibam o que fizeram, e então temos que culpar a velha e revelha falta de civismo.

Lançar uma perisca da janela do carro ou da bicicleta é tão automático para quem está habituado a deitar papéis para o chão ou pela janela e a deixar pelos passeios, jardins e bancos do autocarro essa nova praga dos jornais gratuitos, que não nos podemos admirar.

Assim, apesar duma ponta de cigarro ser tão temível como uma granada na berma da estrada, em tempo de seca, e dos estragos poderem ir até à destruição de habitações e à morte de pessoas, temos que reconhecer que não merecemos a floresta.

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