quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

MORDER A PROPRIA CAUDA


Alban Berg (1885/1935)


"Foi só depois de Wagner que a música imitou o destino. Como um jogador, o compositor dodecafónico tem de esperar o número que sai e regozijar-se, se é um com sentido musical. Berg falou expressamente da alegria que se sente quando por acaso a série produz relações tonais."

"Philosophie de la nouvelle musique" (Theodor Adorno)


E, assim, a música mais vanguardista vai ao encontro da música de massas. Não estão estes automatismos presentes nas composições populares que recorrem ao computador?

O subjectivismo (cada um a criar a sua própria tradição) acaba, deste modo, no lúdico e na completa indiferenciação.

A tonalidade proscrita por essa vanguarda tornou-se o fruto desejado. Mas o ascetismo da escola só o permitia a conta-gotas e como que outorgado pela divindade do acaso serial.

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