Neste dia, as ruas estão desertas. As portas fechadas, as vizinhas não espreitam por detrás das cortinas.
Dum lugar mais alto, pode ver-se um adulto que brinca um momento com uma criança, para voltarem depois para a mesa que os espera.
Outras pessoas chegam e desaparecem dentro das casas.
O vento é a legenda destas cenas minúsculas, como uma aldeia vista por Bruegel, o velho.
Alguns homens juntam-se no único café aberto e ouve-se apenas um sussurro, como se intimidados pela felicidade geral.
Ao atravessar a cidade vazia o que me era mais sensível era o significado disso: o recolhimento de todos, ao mesmo tempo, como se numa única e grande casa.
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