"Não existe um outro mundo. Nem sequer este existe. O que há então?
O sorriso interior que em nós suscita a inexistência patente de um e de outro."
E. M. Cioran ("Ébauches de vertige")
Ah! como eram fáceis os tempos em que se podia dizer que a melhor prova da existência dum pudim era comê-lo!
Agora a sério. Posso aceitar que nada existe (assim como podemos dizer que Deus não existe, sem com isso negarmos a relevância, para os homens, da questão), dum ponto de vista cósmico.
Só conhecemos o nosso mundo, mas podemos pensar que ele é realmente nada no meio do que o ultrapassa.
O sorriso interior não é a favor nem contra este destino. É um arco-íris sobre a gesticulação humana.
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