A nuvem de Chernobyl
Quando se fala pela primeira vez, com tal clareza, na comunicação social das terríveis consequências, passadas, presentes e futuras, para lá, se calhar, da presença do homem na terra, do desastre de Chernobyl, percebe-se como é vital para a humanidade salvar a memória e prestar-lhe um culto cívico.
Não é só porque o revisionismo da história é sempre possível e porque se este prevalecer perderemos para sempre o conhecimento dos nossos erros e dos nossos crimes, mas porque sem esse culto, que é também uma espécie de perdão, estaremos condenados a viver prisioneiros da actualidade, sensíveis apenas aos problemas do curto prazo e sem respeito pela humanidade futura.
Como se vê na sinistra unanimidade que parece esboçar-se em torno do regresso à opção nuclear.
Estaremos a decidir agora, inconscientemente, como é próprio da tragédia, o suicídio da espécie?
1 comentários:
estava procurando alain na internet e acabei em seu blog. vc tem alguma recomendacao de leitura?
obrigada,
Tatiana
(tatisanches@yahoo.com)
Enviar um comentário