segunda-feira, 3 de abril de 2006

E O SÉCULO XX DISSE: FALA!



A "Flauta Mágica" é uma obra misógina?

Excluída da irmandade maçónica, regida pelo princípio solar, a mulher simboliza aqui as forças irracionais, a imaginação, o reino da noite,

Num dos raros exemplos na arte de uma mãe desnaturada, a Rainha da Noite clama não só pela morte da Razão (Sarastro), mas também pelo sacrifício da filha (Pamina) às criaturas infernais.

A moralidade de "Così fan tutte" parece igualmente incriminar o nosso génio.

De resto, talvez nem se deva falar em misoginia, mas numa falta de acesso à palavra, numa infantilidade histórica (mas não na vida real) a que o passado parecia condenar o feminino.

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