- E, claro, o ozono é cada vez menos!
Ouvi, ao passar, esta frase incrível numa conversa entre dois velhos, à beira-mar debatendo o estado do mundo.
A velhice gosta de pintar o futuro com cores negras. É uma maneira, para ela, de amortecer o choque duma partida anunciada.
Mas, a ouvir o secretário-geral da ONU, estes anciãos têm razão:
"A comunidade científica, cujo consenso é já claro e indiscutível, está cada vez mais convencida de que a situação é alarmante." (Jornal "O Público" de hoje)
Kofi Annan refere-se às alterações climáticas, que também fazem correr Al Gore, e acaba exortando os povos a "adoptar um modelo de desenvolvimento mais seguro e sensato."
Mas, ao contrário de outras ameaças, como a da sida, a mudança não está directamente ao alcance dos indivíduos. Depende, sobretudo, das grandes empresas e dos seus poderosos lobbies, e elas preocupam-se tanto com ozono, como as Tabaqueiras se preocuparam durante décadas com a saúde dos fumadores e colaterais.
Além disso, não adiantará muito escrever em cada bomba de gasolina, por exemplo, que estamos a destruir o futuro.
Era preciso que todos víssemos na "radiografia" do ozono o nosso próprio destino.
1 comentários:
É a primeira vez que visito seu blog. Gostei! Há quanto tempo não vejo algo com cultura, reflexão e importância na Internet?!
Enviar um comentário