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De que valores fala Eduardo Prado Coelho no seu artigo de hoje, no "Público", em polémica com Mário Pinto?
Receio bem que esteja a sujeitar as palavras a mais uma desvalorização. Se tudo é valor, não há valores.
A versão (sobre o aborto) de MP seria "extremamente discutível e sem qualquer apoio científico".
Quero crer que sim. Mas desde quando a crença num valor, que não existe entre as coisas, nem pode ser medido, tem de ser validado pela ciência?
Estamos a falar do sentido da vida, da acção e da moral, e não de simples factos.
Talvez que a pergunta que espoletou (e não, como se costuma dizer, despoletou) esta profissão de fé relativista, e que é: "Queremos mesmo valores?" não tenha sequer sentido, porque significa perguntar a um homem sem fé se quer ou não tê-la.
Nem todos os imperativos categóricos do mundo permitirão criar um valor, visto que só (mas não é nada de somenos) poderão ser úteis e dar lugar a leis razoáveis.
E, ao contrário do que diz EPC, julgo que a ausência de valores, longe de ser um valor, é própria das almas mortas.
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