sábado, 3 de outubro de 2015

A IMOBILIDADE DA MÚSICA

Thomas Mann (1875-1955)



"A música parece ser o próprio movimento, não importa, ela é-me suspeita por quietismo. Deixai-me levar a minha tese até ao seu extremo. Eu tenho contra a música uma antipatia de ordem política."

Settembrini em "A Montanha Mágica" de Thomas Mann


Já Lenine se proibia uma natural complacência no romantismo de Ludwig Van.

De facto, a música parece bastar-se a si própria e o entusiasmo que algumas obras em nós suscitam esgota-se sem chegar à acção.

Nas suas asas, descobrimos o voo imóvel.

Mas diga-se de passagem que aquelas palavras na boca dum diletante italiano são extremamente capitosas.

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