"No século XVIII, a sangria era ainda a terapêutica para todos os males. Em França, era muitas vezes praticada pelos barbeiros que munidos de lancetas e escudela se apresentavam à cabeceira dos pacientes."
(Jacques Branchu)
Este erro que tantas vidas terá custado e em que durante tanto tempo se acreditou permitiu também livrar os homens da indecisão, justificar algumas profissões e alimentar a vaidade dos doutos.
Sempre o tema do "homem põe e Deus dispõe", ou, simplesmente, de que não é só o sentido das nossas acções que nos escapa, mas também o resultado delas. Como dizia Teixeira Gomes ("Carnaval Literário"), os "(...) modestos barbeiros e administradores de clisteres subiram às mais altas funções sociais."
Mas o espírito das sangrias coexiste com os progressos da ciência.
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