quarta-feira, 28 de setembro de 2005

PORQUE EXISTEM AS FADAS




Há coisas pelas quais nunca sentimos qualquer espécie de gosto. Parece que não foram feitas para nós, por razões que nunca esclarecemos bem. Até ao dia em que, tendo que as fazer, descobrimos que se as fizermos ao nosso jeito, e segundo a nossa agenda, rapidamente nos afeiçoamos a elas. 

Esse nosso zelo tanto se pode aplicar a fazer um cozinhado como a escrever uma carta a um amigo. 

Por isso compreendo como é que a casa se pode tornar a paixão quase exclusiva de algumas mulheres. Porque elas transformam as tarefas domésticas em algo de pessoal, subordinado ao seu ritmo e comando, fazendo delas muito mais do que um emprego do tempo.

Entre o gosto de fazer bem e de arranjar conforme se nos dá e o cumprimento duma função ou dum dever pode ir a distância da liberdade à servidão.

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