quarta-feira, 28 de setembro de 2005

NEVOEIRO NO PORTO




Dom Pedro IV e Dom Miguel



 
Hoje, na ponte da Arrábida, atravesso um cúmulo e parece-me que se saltasse aterraria numa almofada de Fellini, como aquela piscina ao fundo do túnel, em “Julieta e os espíritos”.
 
E depois da Afurada, o Douro é como a bainha murmurante duma nuvem. Alguns barcos destroçados pelo tempo dão-se ares de naufrágio e julgo ouvir as duas margens trocarem ameaças, velhas de quase duzentos anos: - ó carcunda!; - ó pedreiro!

Sim, porque temos uma guerra civil no sangue, misturada, felizmente, à água-pé do Porto e do Benfica.

1 comentários:

Anónimo disse...

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