Campanhã
Só o que veio ao meu encontro, ao descer a pé a rua de Justino Teixeira, ontem de manhã!
Chuviscava, depois destes dias de calor, e o granito da calçada deixava evolar-se o cheiro da terra misturado aos aromas do vinagre, de que há ali uma fábrica. Um muro derruído, uma magnólia e as suas folhas em forma de canoa espreitam dum quintal.
Este caminho para Campanhã, com os seus velhos armazéns não perdeu o ar de confim defronte dos campos. Ninguém assoma às janelas à hora em que passo. Pela frincha duma porta, na penumbra, um homem em tronco nu faz a barba. Ninguém diria que estamos a dois passos duma grande estação ferroviária e do novíssimo Metro!
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