quinta-feira, 11 de agosto de 2005

CAMPANHÃ


Campanhã

 
Só o que veio ao meu encontro, ao descer a pé a rua de Justino Teixeira, ontem de manhã!

Chuviscava, depois destes dias de calor, e o granito da calçada deixava evolar-se o cheiro da terra misturado aos aromas do vinagre, de que há ali uma fábrica. Um muro derruído, uma magnólia e as suas folhas em forma de canoa espreitam dum quintal.

Este caminho para Campanhã, com os seus velhos armazéns não perdeu o ar de confim defronte dos campos. Ninguém assoma às janelas à hora em que passo. Pela frincha duma porta, na penumbra, um homem em tronco nu faz a barba. Ninguém diria que estamos a dois passos duma grande estação ferroviária e do novíssimo Metro!

0 comentários: