quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

ENTROPIA

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Karl Popper em 'The unending quest' critica o que chama de 'teoria subjectivista da entropia', primeiro proposta por Leo Szilard, e "segundo a qual a entropia de um sistema aumenta sempre que a nossa informação àcerca dele diminui, e vice-versa. De acordo com a teoria de Szilard, qualquer ganho de informação ou conhecimento tem de ser interpretado como um decréscimo da entropia."

Ao contrário da entropia 'física', relacionada com as partículas e com a 'segunda lei da  termodinâmica'(*) que é o assunto da nota de Popper, a entropia em sentido figurado, no sentido da desordem de uma organização ou de um sistema social, é comprovadamente afectada pelo conhecimento e pela a formação que deles possamos ter. Mas há, à partida, uma outra grande diferença entre o conceito e as figuras. É que a 'entropia social' não mede um sistema isolado, como, até quanto sabemos, será o caso descrito na 'segunda lei da termodinâmica'.

Por isso, será sempre problemático falar em sistema a propósito da sociedade humana. Porque, embora se compreenda a intenção e até a necessidade de simplificar, não deixa de ser um caso de 'cadaverização' da vida. Não é essa a realidade.

Para lidar com o oxímero de um 'sistema aberto', não podemos mais do que tentar, sem grande resultado, 'corrigir o tiro' por antecipação. É para isso que servem os modelos com que nos iludimos.



(*) entropia (do grego εντροπία, entropía), unidade [J/K] (joules por kelvin), é uma grandeza termodinâmica que mensura o grau de irreversibilidade de um sistema, encontrando-se geralmente associada ao que denomina-se por "desordem", não em senso comum [Nota 1], de um sistema termodinâmico. Em acordo com a segunda lei da termodinâmica, trabalho pode ser completamente convertido em calor, e por tal em energia térmica, mas energia térmica não pode ser completamente convertida em trabalho." (Wikipédia) 

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