sexta-feira, 18 de março de 2005

A MENINA NUA

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A Menina Nua, na Praça da Liberdade, é um dos emblemas da cidade do Porto. Tal como o Manneken-pis, o menino que faz xi-xi, o é de Bruxelas. Não o do Porto barroco e o dos “lampiões tristes e sós” da canção do Rui Veloso. Mas o das quintas e das camélias que se descobrem por detrás dos diques de betão, testemunho não dum temperamento austero, da também chamada capital do trabalho pelos mesmos que desterram para latitudes mais a sul as novas babilónias, mas duma graça secreta e um pouco antiquada.

Essa escultura tão indefesa, pela atitude friorenta da banhista e por a custo emergir do aluvião dos automóveis, está outra vez ameaçada pelo esterco das pombas, depois de ter sido ainda há pouco restaurada e limpa.

Por que não se resolve a Câmara a electrificá-la como se vê que fizeram nalguns monumentos, em Lisboa?

Claro que ainda assim ficará à mercê dos garatujopatas, mas isso é outra história.

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