quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

QUEM NÃO FOR GEÓMATRA...

 

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"Porque a linha recta não é mais do que uma lei mantida, pode-se dizer, contra ventos e marés; e as paralelas também não são senão uma lei, um recomeço jurado, uma identidade que desafia a distância e o tempo. E, do mesmo modo, o movimento é uma lei estendida e traçada, e verdadeiramente uma referência para julgar da mudança. (...) Mas também este movimento não é coisa; não existe. A existência é o que recusa ser um movimento, ou dois ou três movimentos compostos, enfim uma composição sem exterior, sem acidente, o mesmo é dizer sem corpo."

"Entretiens au bord de la mer" (Alain)

Se somos tão facilmente levados a confundir o que está em nós, no nosso espírito, a rede abstracta com que julgamos prender o mundo com esse mundo mesmo, com a realidade, em que tempo e lugar viveremos quando toda a antiga natureza se tiver tornado artificial?

Ou se aquilo que o filósofo chama de existência passar toda para o lado da rede?

Porque o progresso técnico-científico também pode ser visto como uma tentativa de descolagem da existência, de negação do trágico, condenada necessariamente ao fracasso.

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