Survival of the Fittest
É difícil isolar a crítica do Estado de Israel do tão amado anti-americanismo da esquerda europeia.
Este sentimento anda sobretudo ligado à ideia de imperialismo. Mas de que império se trata?
Um império que perde todas as guerras em que se mete e que integrou na União as suas únicas colónias.
É claro que a "dominação dum Estado sobre vários povos ou Estados", na definição do dicionário da Academia Francesa, não está dependente, hoje, da ocupação militar, como no tempo do modelo de todos os impérios: o de Roma.
O poder americano está alicerçado na sua economia, na inovação tecnológica e na influência duma indústria cultural planetária, coisas que, quer se queira ou não queira, não podem deixar de criar um poderoso "campo magnético" à sua volta.
Neste contexto, a ideia de imperialismo faz parte das explicações rápidas, que permitem a escolha dum campo, nem que seja apenas em teoria.
É evidente que o apoio sistemático à política do Estado judeu, por parte da maior potência militar e do único "império" do mundo condena Israel a ser, de longe, o mais forte. A ponto de parecer ridícula a hipótese de existir uma ameaça real à sua sobrevivência.
E isso apesar da superpotência estar visivelmente a arrastá-lo, por inércia, para uma clamorosa derrota.
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