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Hoje, no "Público", alguém tratou de barbárie aquilo em que se tornou, em tantos casos, o ritual das praxes académicas.
Ao atravessar, esta manhã, o jardim da Praça da República, e ao ouvir os cantos e as palavras de ordem de alguns estudantes que as capas negras pastoreavam, com a seriedade dos grandes momentos, mas pacificamente, não pude deixar de encontrar naquela opinião um certo exagero.
É verdade que as tradições, por muito veneráveis que sejam, correm sempre o risco de degenerarem por influência dum meio que já não tem nada a ver com o espírito que presidiu à sua origem. O ritual de passagem, hoje, pode estar a ser desviado para uma comédia do senhor e do escravo.
Muita gente abomina a personalidade dos grupos, que pode chegar ao exclusivismo. Mas apesar dos abusos, que será sempre necessário corrigir e que, em primeiro lugar, devem suscitar a revolta dos "caloiros", não vejo muitos outros antídotos à atomização consumista e à massificação.
Nisto de tradições, de resto, quem pode decidir quais são as boas ou as más raízes?
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