Die Verwirrungen des Zöglings Törless
"Numa certa medida, ele sentia-se dividido entre dois mundos: um, solidamente burguês, no qual tudo se passava segundo a razão e a regra, tal como estava acostumado em sua casa; o outro, romanesco, povoado de sombras, de mistério, de sangue, de acontecimentos absolutamente imprevisíveis. Parecia-lhe que esses dois mundos eram incompatíveis. Um sorriso trocista que ele gostaria, no entanto, de manter constantemente nos seus lábios, lutava com calafrios na espinha: donde o borboletear dos seus pensamentos..."
"Les désarrois de l'élève Törless" (Robert Musil)
A descoberta da sensualidade confunde todas as fronteiras. Não é possível que, como por osmose, a natureza não invada o terreno supostamente estanque das convenções.
As forças interiores respondem ao chamamento de fora. Impensáveis afinidades entre reinos longínquos fazem-se imperiosamente sentir,
O instinto sexual desapossa o jovem Törless de si mesmo ou da ficção que tomava por ele próprio.
Podia-se quase dizer que uma espécie de vida sem realidade talvez fosse possível sem o sexo (e a morte).
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