sábado, 30 de maio de 2015
A GLASNOST DOS GUICHETS
quinta-feira, 28 de maio de 2015
A LUA, NEM MENOS
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"O nosso tempo já não inclui nos êxtases do sentimento outra coisa que não seja o êxtase 'sentimental', e reduziu a embriaguez lunar a um desprezível excesso deste género. Ele não pressente que esse êxtase, a menos que seja uma perturbação mental incompreensível, só pode ser um fragmento de uma outra vida."
(conversa entre Ulrich e a sua irmã, in "O Homem sem Qualidades")
Este 'monólogo' sobre a lua expõe-se na claridade incestuosa de um subentendido. O incesto não é actual, nem realmente possível, mas condiciona toda a comunicação entre os dois. Está diante deles como a porta infernal inacessível aos geómetras.
A linguagem converte o êxtase lunar dos outros, numa vulgaridade de 'crooner'. Ulrich está ciente que lhe é vedado resvalar para o sentimentalismo 'romântico', mas não pode negar o fascínio, associado ao amor, provocado por essa luz emprestada.
Porque o céu nocturno, a face escondida do azul ou das nuvens, nos foi roubado pelo néon, e o êstase é quase um privilégio dos astrónomos.
O sentimentalismo mantém-nos na ignorância e justifica o orgulho nimbado da espécie.
quarta-feira, 27 de maio de 2015
VÉNUS E MARTE
terça-feira, 26 de maio de 2015
FORA DA RAZÃO NÃO HÁ PROBLEMÁTICA
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A evolução dessa força é imanente, nasce da sua própria problemática, e a sua direcção parece não nos dizer respeito.
segunda-feira, 25 de maio de 2015
O DOGMA É A PRIMEIRA PEDRA
domingo, 24 de maio de 2015
A FORÇA DO TINA
sábado, 23 de maio de 2015
O APOCALIPSE E OS FLUIDOS
sexta-feira, 22 de maio de 2015
MEFISTOFÉLICO OU DEMASIADO HUMANO?
"- Quem és tu, afinal?
quinta-feira, 21 de maio de 2015
DESORAR
quarta-feira, 20 de maio de 2015
TENSÃO
http://miltonribeiro.sul21.com.br/wp-content/uploads/2011/08/alvaro_de_campos-fernando-pessoa.jpg |
"Diga ao Fernando Pessoa que não tenha razão ("Álvaro de Campos escreve à 'Contemporânea'); Porque só há duas maneiras de ter razão. Uma é calar-se, que é o que convém aos novos. A outra é contradizer-se, mas só alguém de mais idade a pode cometer."
(De uma crónica de Bénard da Costa.)
A distinção pascaliana entre o espírito de gentileza (finesse) e o espírito geométrico transparece nas palavras do 'engenheiro naval'. Porque há uma razão igual a si mesma, sem nada de 'mortal', porque não pertence à vida, e é verdadeiramente 'divina'. Um jovem dotado tem pleno acesso a este mundo 'mental', ou racional se preferirem. Quantos anos tinha o Einstein da teoria mais famosa do nosso tempo? Mas não foi esse o homem que perseguiu o resto da vida a 'teoria de Tudo' (um dos nomes de Deus) e que encontrava a paz no mundo da música.
Dizer como o conhecido heterónomo, que a razão não pode ser invocada sem contradição, não é dizer outra coisa que isto: fora da abstracção, só podemos 'ter razão' contra nós próprios, porque as 'coordenadas' e o contexto mudam a todo o tempo. É preciso esquecer 'sistematicamente' para não sentirmos a contradição. Para além disso, a razão está prisioneira da atenção, a qual se concentra, por sua vez, num foco em grande parte aleatório.
A razão fina, intuitiva, ou do coração, como também se diz, não é, naturalmente, 'demonstrável'. Pertence ao 'mundo mágico' ou místico de que fala Chesterton. Aí, pode-se estar certo sem ter a certeza. 'Ter razão' e, ao mesmo tempo estar em contradição. Manter as duas ideias e a tensão entre elas, talvez seja, até certo ponto, um problema de idade.
terça-feira, 19 de maio de 2015
FUNCIONALMENTE OUTRO
segunda-feira, 18 de maio de 2015
DO OUTRO LADO DO VENTO
domingo, 17 de maio de 2015
GANESHA CONTRA O TERCEIRO REICH
sexta-feira, 15 de maio de 2015
A VERDADE DOS MORTOS
quinta-feira, 14 de maio de 2015
CARTAS DE UM LAVRADOR
quarta-feira, 13 de maio de 2015
PROVÉRBIO
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