Abraão, a esposa Sara, e Agar, a concubina egípcia
"Em particular, o prazer ou a pena que podem ser causados pelo conhecimento das acções de outras pessoas nunca deveriam ser considerados como causa legítima de coerção. A imposição da conformidade religiosa, por exemplo, foi um objecto legítimo de governo quando as pessoas acreditavam na responsabilidade colectiva da comunidade em relação a alguma divindade e se pensava que os pecados de qualquer membro teriam repercussão sobre todos."
"The Constitution of Liberty" (Friedrich Hayek)
Uma das condições para que a tolerância possa existir entre crenças adversárias é a pujança do individualismo, que leva as pessoas a libertarem-se de superstições como a da responsabilidade colectiva.
Que esse progresso não é irreversível prova-o a pratica da dizimação em tempo de guerra.
E o actual "conflito de civilizações", em que o Ocidente, céptico ou descomprometidamente crente, se encontra envolvido com a descendência de Agar, leva-nos a perguntar se alguma solução será possível sem o triunfo planetário do individualismo, ou se este e a ciência e a tecnologia, o seu fruto mais apetecido pelo tribalismo, não estão condenados a ser apenas um fulgor evanescente no céu da humanidade.
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