O que entretém a plausibilidade de certas cenas em que D. Quixote vê a realidade corresponder à sua loucura e dar razão às suas mais descabeladas fantasias é que os outros, o mundo dos razoáveis, encenou realmente as suas histórias, sem se preocupar com os rabos de gato que deixava de fora.
E o motivo que, por exemplo, levava os Duques a condescender em aventuras como a da ilha da Barataria e do governo de Sancho Pança era simplesmente o de se divertirem à custa de dois pobres de espírito.
O tédio é um grande empresário.
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