Dizia o patrão roubado que Marnie estava sempre a puxar a saia sobre os joelhos, como se fosse um tesouro nacional. Sabendo do fascínio de Alfred pela actriz, podemos quase literalmente interpretar aquelas palavras.
Aliás, toda a delinquência e morbo da personagem se podem ler noutra grelha que não a psicanalítica, embora esta seja a mais óbvia.
A psicanálise, de resto, é um método que se presta absolutamente à linguagem do "thriller". Só que aqui se procura um trauma, em vez dum crime, o que faz de "Marnie" a história duma cura.
Mas o outro olhar, o que descobre o trabalho da sedução, poderia ver nos problemas desta loira predadora a vingança duma paixão frustrada.
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