quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

O DIREITO DE ASSINATURA




Em tempos, uma notícia do “Expresso” alertava para uma doença grave do espaço urbano: os 'graffiti'.

As metástases dos 'graffiti' pela cidade têm origem num erro de percepção (do sentido do real): para os seus autores são uma forma de expressão artística ou de poder (um direito de assinatura: o 'tag'). O único limite é o da sensibilidade pública. Funciona enquanto revoltar, provocando dissonância e ruído. A tendência, se nada se fizer, poderá ser a das novas construções anteciparem o seu próprio graffiti, roubando a iniciativa aos maníacos do 'spray'. Nessa altura deixarão de chamar a atenção.

Só que então todos teremos caído na desmoralização e na esquizofrenia.

Foi preciso uma grande empresa quantificar (em euros) o vandalismo sobre o seu património para soar o alarme.

O artigo explica o que já se fez lá fora para acabar com a praga: “(em Nova Iorque) está probida a venda de material para 'graffiti' a menores de 18 anos”, “no Reino Unido, a guerra aos 'graffiti' remonta aos anos 70. Quem for 'apanhado' pode pagar uma multa de cinco mil libras e a lei prevê o recolher obrigatório ou zonas de exclusão por comportamento anti-social, para os menores.”

Talvez porque os Ingleses têm uma tão boa opinião sobre si próprios, o centro de Londres esteja limpo de garatujas.

1 comentários:

Joana disse...

Infelizmente ja nao e bem assim, ja se comecam a ver grafittis no centro de Londres e nas estacoes de metropolitano. A unica razao porque nao se ve muitos mais e porque eles estao constantemente a ser apagados
Quanto a boa opiniao que os ingleses tem de si proprios, ultimamente tem sofrido uns abalos fortissimos
Gostei muito deste blog, parabens