quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

FANÁTICOS E MERCENÁRIOS

Carlos V


"Carlos V ou Luís XVI podiam permitir-se negociar antes de serem completamente vencedores ou completamente vencidos; porque eles tinham exércitos de mercenários, para o essencial. Desde que os exércitos se tornaram nacionais, e que se é obrigado, para obter a obediência de povos inteiros, a apresentar o adversário sob um aspecto odioso, a paz sem vitória tornou-se quase impossível."


(André Sernin, "Alain, Un sage dans la cité")



É por isso que o fanatismo se pode encontrar mais facilmente num dos lados, quando a religião é chamada a acirrar o ódio, do que do outro, mais 'civilizado' e que pode contar com a obediência de mercenários, como é o caso do conflito entre os EUA e algumas nações ou grupos islamitas.

Como se viu, o lado 'civilizado' pode ser dispensado de fanatizar os seus operacionais que fazem a guerra por um estipêndio, mas não de mentir ao seu eleitorado, quando isso é preciso para levar a cabo uma estratégia político-militar. Assim, se inventou a existência de armas de destruição massiça no Iraque.

A manipulação religiosa também não é 'flor que se cheire'. No fundo, é cinismo contra cinismo.




0 comentários: