Carlos V |
"Carlos V ou Luís XVI podiam permitir-se negociar
antes de serem completamente vencedores ou completamente vencidos; porque eles
tinham exércitos de mercenários, para o essencial. Desde que os exércitos se
tornaram nacionais, e que se é obrigado, para obter a obediência de povos
inteiros, a apresentar o adversário sob um aspecto odioso, a paz sem vitória
tornou-se quase impossível."
(André Sernin, "Alain, Un sage dans la cité")
É por isso que o fanatismo se pode encontrar mais
facilmente num dos lados, quando a religião é chamada a acirrar o ódio, do que
do outro, mais 'civilizado' e que pode contar com a obediência de mercenários,
como é o caso do conflito entre os EUA e algumas nações ou grupos islamitas.
Como se viu, o lado 'civilizado' pode ser dispensado de
fanatizar os seus operacionais que fazem a guerra por um estipêndio, mas não de
mentir ao seu eleitorado, quando isso é preciso para levar a cabo uma estratégia
político-militar. Assim, se inventou a existência de armas de destruição
massiça no Iraque.
A manipulação religiosa também não é 'flor que se
cheire'. No fundo, é cinismo contra cinismo.
0 comentários:
Enviar um comentário