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"Cada país é um pormenor que cada habitante utiliza
como melhor lhe convém e como a lei
permite."
(Gonçalo M. Tavares, 'Uma Viagem à Índia')
Estaremos a dirigirmo-nos para isso, com a distopia das comunicaçōes, a 'deslocalização' das empresas e do trabalho?
O trabalho, para além da sua função económica, é, na nossa cultura, uma ética, a ponto de existirem 'trabalhos' sem qualquer significado económico, mas que permanecem conotados com uma ética, como o de 'arrumador' de carros: na fórmula do 'ganharás o teu pão com o suor do teu rosto', a ética está no suor e não na utilidade do esforço. É provável que também o trabalho se transforme num 'pormenor', a exemplo do país de cada um.
Há cada vez mais razões para isso, porque não é possível garantir trabalho a todos os cidadãos e a tendência é para que essa situação se extreme, com, dum lado, os que trabalham para o complexo político-tecnológico e que são cada vez menos, do outro os 'irrelevantes' que precisam duma ocupação remunerada que não é necessariamente um trabalho. E se não quisermos que o 'arrumador' se torne um símbolo do futuro, é urgente um 'update' da ética.
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