D. Manuel I |
"Mas este rico monarca (D. Manuel) deixa o tesouro
vazio porque o império é ruinoso e custa mais do que aquilo que rende."
("Portugal", Franz Villier)
A nossa geografia e o nosso território continuam a tecer
as malhas do nosso destino colectivo. Se mesmo no auge da nossa história
corríamos para a ruína, e depois, com a
perda da independência, a restauração no nevoeiro sebastianista, a guerra
peninsular, as guerras liberais, o jacobinismo da primeira república, que
prudência ou realismo tiveram alguma vez a sua oportunidade? Por humilhante que
pareça, só a ditadura lhes parece ter dado, "cortando" o que
excedia o 'leito de Procusta' financeiro, no que está a ser imitada pela 'troika' estrangeira. Num e noutro caso, também, à custa de nos miniaturizarem, cerceando o
nosso desenvolvimento futuro. É difícil acertar na verdadeira dimensão de um
país!
Parece que não 'cabemos' em Portugal. É a história do
"Quinto Império" de Vieira e de Pessoa. Ainda agora, não é o Acordo
Ortográfico mais uma manifestação dessa vontade de conquistar um "espaço
vital" que cada vez se parece mais com uma "mania das
grandezas"?
Vasco da Graça Moura fala de um "tique
imperial". Mas nenhum tique é lisonjeiro. É uma doença.
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