Clemente de Alexandria |
"Clemente de Alexandria (c.150/215) acreditava que a ideia filosófica de um cosmos eterno era idólatra, porque nela a natureza se apresenta como um segundo deus co-eterno."
Karen Armstrong ("The case for God")
A prova de que a crença deste Padre da Igreja estava mais do que justificada, é o número de 'agnósticos' ou de deístas, ao género de Tolstoi, que não têm qualquer dificuldade em identificar Deus com essa eternidade da natureza.
É admitir todos os atributos da divindade, menos os 'antropológicos', como a Omnipotência, Justiça e Omnisciência. Contudo, é preciso reconhecer que mesmo a Omnipresença e a Eternidade são antropológicos. Só a efémera 'criatura' de Deus pode conceber a eternidade.
A 'paz' que uma verdadeira crença pode trazer-nos depende do podermos habitar na dimensão do 'sagrado', relegando o mundo exterior para as trevas.
Foi dessa inocência que a Física grega nos 'expulsou', não sem os fatais tropeços na ideia do infinito e na de eternidade.
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