"(...) A segunda parte da nossa resposta é que quando a nossa economia for desenvolvida, continuaremos a não nos considerar uma superpotência e não nos juntaremos às fileiras das superpotências."
(Mao em conversa com Henry Kissinger)
O "Mare nostrum", aplicado pelos antigos romanos ao Mediterrâneo, no tempo do seu império, é uma reivindicação relativamente modesta se comparada com a expressão "Tudo o que Existe Debaixo do Céu" com que os chineses do antigo império designavam a sua nação. O domínio romano sobre o grande 'mar interior' podemos considerá-lo um facto histórico, embora não no sentido do controlo absoluto. Enquanto que a dimensão da China dos Qing era uma espécie de dogma, que assentava na primazia dos chineses e no desprezo por todos os outros povos.
Até aqui não saímos da psicologia vulgar dos poderes 'enclausurados' na sua mitologia. O que é admirável é que toda a prepotência que vai de par com esse exagero nacionalista seja, mesmo assim, convertível numa linguagem e numa etiqueta que exteriormente parecem cultivar uma psicologia da modéstia ilimitada e uma subtileza tão subliminar que se pode pensar que sejam um paradoxal motivo de orgulho (inaparente, é claro).
O irrealismo que levou aos grandes desastres da política do 'líder supremo' e as suas loucas declarações fazem parte dum sistema de pensamento que o marxismo não conseguiu penetrar, e, pelo contrário, desse 'choque cultural' foi a ideologia comunista que saiu 'travestida'.
De resto, querem maior 'quimera' ideológica do que o sistema que está a sair da modernização do país?
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