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Dizia Karl Popper que a filosofia do Romantismo tinha
provocado "aquilo a que Konrad Heiden, no seu livro sobre Hitler, chamou
há alguns anos 'a época da desonestidade moral e intelectual'".
É no que as 'decisões' do
chamado Congresso Democrático das Alternativas me faz pensar. Todos
sabemos que, entre Cila e Caríbdis, venha o diabo que escolha. Mas, no nosso
caso, há uma diferença. Entre o desastre
anunciado que é o actual programa da 'troika' e o desastre certo 'como o
destino' que é o regresso ao
'virtuosamente sós', com a miséria à vista e décadas, em vez de anos, a
esgaravatar o nosso caminho para a independência, só os novos 'românticos'
podem ter dúvidas. Eles e... os que supostamente nada teriam a perder por já
terem perdido o emprego e a ilusão de fazerem parte da 'classe média'. A
classe média é o 'poço sem fundo' que já o ministro de Luís XIV tinha
identificado e explorado.
A desonestidade é esta: 'mandar abaixo' a 'troika' é irresponsável,
se não se tem uma alternativa viável. Está à vista de todos que, no fundo, a
propalada alternativa não depende dos nossos recursos nem da nossa força, mas
do medo dos credores. Pior do que tudo seria se em vez de medo tal programa
fosse recebido com ironia.
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