Estou de acordo com os que dizem que um dos avatares de Sócrates já foi julgado, sem respeito pelas regras. Parece que a 'investigação' de alguns mídia foi exaustiva. Nela podemos encontrar resposta para todas as nossas dúvidas, se quisermos.
Tudo isto é incrível se a versão mediática corresponder à verdade dos factos. Ou temos no ex-primeiro ministro o 'special one' que João Miguel Tavares vê nele, o super-herói da camuflagem e do embuste (dotado de uma extraordinária capacidade de parecer honesto, de falar 'olhos nos olhos' diante das câmaras), ou, mais incrível ainda, estamos perante uma cabala política, 'objectivamente' falando (como dizem os 'dialécticos'), em que um juiz determinado e presumivelmente incorruptível, teve a parte de detonador involuntário.
Seria mau para o país que a justiça parecesse agora justificar, retroactivamente, todas as acusações inspiradas pelo ódio e os meios mais ou menos ínvios com que se procurou a ruína do ex-primeiro-ministro.
Mas admito que a personalidade do visado seja em si uma questão intrigante, por culpa do próprio e da sua vaidade. São-nos presentes vários avatares: o político corajoso, dinâmico e tantas vezes inovador, o 'videirinho' e mitómano, e o tardio 'filósofo'.
De qualquer modo, se as piores suspeitas se confirmarem, este homem beneficiará sempre do veredicto de Sócrates, o Maior, quando disse que os maus não o são voluntariamente...
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