"persona" (Ingmar Bergman) |
"A psicologia é acção - não reflexão sobre si próprio. O homem determina-se ao longo da sua vida. Conhecer-se perfeitamente é morrer."
(Albert Camus)
De que é feito, então, o conhecimento 'psicológico' que guarnece os tratados e as aplicações 'in vivo' do que se convencionou chamar psicologia?
O objecto é um ser dotado da capacidade de pensar como modo da acção, mas que se pretende conhecer do exterior como um sistema autónomo e independente da acção.
Esse tipo de abordagem permite construir, por exemplo, uma galeria de homens ilustres, para um fim moral, ao jeito de Plutarco.
"Conhecer-se perfeitamente" só é possível nos romances (a morte não reflecte nada, nem sobre nada), mas o que se conhece é um tipo literário, como Karenine, Bovary, etc.
Vivemos todos com uma ideia prática sobre nós próprios que é um resultado inter-subjectivo. Essa 'persona' é indispensável à vida em comum.
Devíamos, porém, avançar apontando a máscara (o "larvatus prodeo" de Descartes). Talvez seja mesmo o 'sagrado', como queria Simone Weil, o que está por detrás.
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