"O que é lógico não pode ser apenas possível. A Lógica trata de cada possibilidade e todas as possibilidades são os seus factos."
Ludwig Wittgenstein ("Tractatus Logico-Philisophicus")
Se aceitarmos as consequências disto, realmente, está tudo 'tratado', e justifica-se a abstinência de cartuxo, recomendada pelo autor: "O que é de todo exprimível, é exprimível claramente; e aquilo de que não se pode falar, guarda-se em silêncio."
Por um lado, o mundo fechado da Lógica, constituído pela 'totalidade dos factos'. Por outro, a natureza e as 'coisas' que não podem ser 'exprimidas claramente' e sobre as quais devemos guardar silêncio.
Num ponto a história está de acordo com este filósofo relutante: todos os sistemas imitam a lógica e são 'perfeitos' e fechados como ela. Por exemplo, os sistemas políticos mais coerentes com uma doutrina. Neles, de facto, não há nada de novo a inventar. Tudo é desenvolvimento lógico. Se parece haver contradição entre eles e a 'realidade', é porque não conhecemos todos os factos, isto é, por défice de lógica.
Wittgenstein era engenheiro; mas a estrutura pode desabar, apesar da ideia ser suficientemente lógica.
0 comentários:
Enviar um comentário