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"A modernidade busca os vestígios de uma escrita que já não promete a totalidade de uma coerência semântica, como fazia o livro da natureza ou a escritura sagrada."
Jürgen Habermas ("O Discurso Filosófico da Modernidade")
Como é que a racionalidade convive com esta dispersão do sentido das coisas? Os 'mundos paralelos' de que fala Michio Kaku talvez não sejam tão ficcionais ou especulativos quanto isso...
Toda a razão referida a uma totalidade é usurpadora. É um daqueles sofismas que Wittgenstein 'despachou' numa das suas frases lapidares. Não sabemos, nem podemos saber da totalidade. O melhor, pois, é não fazer frases, nem cálculos sobre isso.
Mas claro que os 'saberes' continuam a reivindicar o seu direito às extrapolações. O êxito das aplicações técnicas da razão instrumental é a taumaturgia de uma religião sem Deus.
Diz Habermas: "A transposição, 'sem mediação' do saber especializado para as esferas privadas e públicas do quotidiano pode, por um lado, pôr a autonomia e o sentido próprio dos sistemas de saber em perigo e, por outro lado, ferir a integridade dos contextos do mundo da vida. Um saber especializado apenas em pretensões de validade que, de modo contextualmente não específico, embata em toda a extensão do espectro de validade da práxis do quotidiano, desequilibra a infra-estrutura comunicacional do mundo da vida."
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