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"A vestimenta faz o homem. As pessoas nuas têm pouca ou nenhuma influência na sociedade."
Mark Twain
O chiste está na categoria inventada pelo autor: a das pessoas nuas. Não existe tal categoria no mundo civilizado. E podíamos dizer que mesmo o homem mais selvagem se 'veste' com tatuagens ou outros sinais distintivos.
Andamos nus de cara e de mãos, e os 'primitivos', assumem o corpo nu como nós assumimos aquelas partes que, normalmente, não cobrimos. Segundo a anedota conhecida, neles, o corpo "é todo cara".
Mas díriamos que o 'influente' no estado de banhista perde a sua 'influência na sociedade'? É talvez um risco. Não é por acaso que os grandes de Roma, caídos em desgraça, escolhiam morrer na banheira.
A praia, assim, seria de molde a 'desfazer' o homem sem vestimenta e a estabelecer um regime igualitário. Mas, é interessante verificar que já não o poderíamos apelidar de democrático. São 'iguais', mas sem as diferenças que tornam possível a política.
Um conselho aos tímidos, que li há muitos anos, sugeria que para não sermos intimidados por um interlocutor 'influente' bastaria imaginá-lo nu...
E é o que diz o conto do 'Rei vai nu'. O manto não é só de protocolo. A coroa leve tem menos autoridade. Em contraste, veja-se a cerimónia da sagração no "Ivan, o Terrível".
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