quinta-feira, 8 de agosto de 2013

O IMPÉRIO "SOFT"

 

"Não há nenhum exemplo de uma moda vinda dos Estados Unidos que não tenha conseguido submergir a Europa ocidental alguns anos mais tarde; nenhum."

Michel Houellebecq ("Les particles élémentaires")


Os Estados Unidos têm a melhor tecnologia e a maior rede mundial para a difusão dos seus produtos e 'conteúdos'. É um poder que utilizam como outros países o fizeram no passado, das mais diversas formas. Transferir rendas e pagar 'direitos' e 'royalties' é bem mais prático do que entregar o odioso tributo ao ocupante.

O complexo financeiro que conseguiu evitar passar 'sob as forcas caudinas', em resultado do 'crash' por ele provocado, e que soube 'dar a volta' à situação à custa dos contribuintes, é agora o credor dos credores - uma leitura cínica do que se passou pode ser a de elogiar a sua manobra e considerar que a fortaleza do presente lhe vem de ter sabido investir nos nossos pontos fracos.

Esta foi, até à data, a última 'submersão' da Europa por uma moda importada dos Estados Unidos.

De facto, são estes aspectos mais cruentos deste império 'soft' (o outro lado deste império é a realidade do 'polícia do mundo') que nos deviam alertar para os perigos de não defendermos a nossa cultura.

 

 

0 comentários: