quarta-feira, 12 de setembro de 2012

COMER A SOPINHA

O Berghof de Hitler





"Hitler impõe aos seus convidados (no Berghof) que acabem os pratos e proibe ao 'maître d'hotel' de os levantar se ficar alguma comida nas gamelas."

("Femmes de dictateur", Diane Ducret)



Os piores instintos são compatíveis com uma moral estrita, de mestre-escola. Em "The Wall", dos Pink Floyd (a melhor banda de rock de sempre, disse alguém), as crianças só têm direito ao pudim se forem obedientes. É preciso comer a sopinha.

Imagine-se o alívio, na casa de montanha de Adolf, quando ele se levantava da mesa e, com isso, se podia fumar ou dizer disparates.

Quem tomar o homem pela caricatura que sugerem os seus excessos monstruosos (mas são esses excessos que nos impedem de submeter  os seus actos a um juízo 'humano' e nos condenam à caricatura) não pode compreender a sua banalidade, ou a sua 'inquietante familiaridade'.


1 comentários:

Anónimo disse...

A banalidade do mal, pois.

Maria Helena