Vitor Hugo no "Quatrevingt-treize", o ano em que a História 'tomou o freio nos dentes', descreve assim a direita e a esquerda na Convenção:
"À direita, a Gironda, legião de pensadores: à esquerda, a Montanha, grupo de atletas."
Houve um tempo, depois disso, em que se disse que o pensamento tinha migrado para a esquerda (Sarte e outros como ele) e o esforço atlético de 'resistir à mudança' para os antípodas.
Mas o mundo mudou de tal modo que os mapas que o descrevem parecem novas versões das fantasiosas cartas anteriores a D. João II.
Assim, resistir à mudança, pensando o menos possível (porque todas as profecias já foram escritas), passou a ser o 'motto' dos descendentes da 'Montanha'. Mas como a mudança de que aqui se fala é apenas 'cartográfica', o mundo segue em frente, tendo cada vez menos a ver com a realidade dos cartógrafos.
Os netos da Gironda, esses, esforçam-se pelo êxito da 'revolução conservadora', na completa destituição das ideias.
Na verdade, seguem atrás dos factos e do movimento caótico, e tal como a mosca da fábula julgam 'puxar a carruagem".
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